terça-feira, 26 de janeiro de 2010

As cagadas das férias


Estou realmente com preguiça de postar, as ideias vêm, mas não me atrevo a digitá-las. Preguiça mesmo..... ou.... certeza de que este post será longo.

A falta de motivação talvez se deva às inúmeras cagadas que fizeram das minhas férias uma sucessão de sustos, colocou as noroadrenalinas nas nuvens e, claro, não me fizeram relaxar. Pior, me deixaram tensa, muito tensa.....

Li por aí que "as estruturas que deflagram o pânico num indivíduo são as mesmas que existem em todos nós para desencadear uma reação de fuga e luta numa situação de emergência.Ao longo da evolução da espécie humana, o cérebro humano desenvolveu sistemas fundamentais para responder a perigos próximos ou distantes que levem à destruição imediata do organismo. O pânico resulta da hiperatividade desse sistema cerebral que foi desenhado para produzir respostas imediatas ao perigo iminente".

Então foi isso: uma hiperatividade do sistema cerebral que foi desenhado para produzir respostas imediatas ao perigo iminente, uma desregulada neuroquímica, hummmm. Mas, ok. Qual foi o perigo iminente? Vamos à história, senhoras e senhores.... como avisei, uma sucessão de cagadas e eu vivi dias de "Esqueceram de Mim", "Titanic", fiquei a ver navios e entendi, agora sim, literalmente o que esta expressão diz e ainda passei por um episódio de "Mulher (es) à beira de um ataque de nervos). A despeito de tudo, vamos à uma espécie de diário de bordo.


1ª Cagada - Dia 5 de janeiro. A sogra liga e informa que as crianças precisam de carteira de identidade para embarcar no Cruzeiro Imperatriz, que ela nos presenteou. As crianças não tinham o documento, me disseram anteriormente que bastava documento normal. Pra mim, normal pra criança é registro de nascimento, uma cagada do tempo do onça.


2ª Cagada - Dia 6 de janeiro. Trabalhei até 14h e corri contra tudo, todos e o tempo. Comprei roupas, comprei mala nova, fiz malas, levei filha para uma escova inteligente. Ufa, vencemos tudo, todos, o tempo. Embarcamos para São Paulo, ansiedade elevada alguns graus. Até que: Putz, Argentina é viagem internacional, (Escusa, hermanos, mas não consigo ver seu país como Exterior!!!) precisa de autorização do pai para os filhos deixarem o Brasil. E o pai? Estava viajando, teria que mandar a autorização depois, via sedex, enquanto o Poupatempo paulistano nos garantiria os RGs dos pequenos, com apenas 24 horas para expedição. Noradrenalida dois degraus acima, ansiedade idem.


3ª Cagada - Dia 7 de janeiro. Documentação encaminhada, tensões aliviadas. É? Descobrimos que as autorizações tinham que ser registradas em cartório, com fotos das crianças, cópias de documentos. Ótimo, é uma proteção para nossas crianças do Mercosul, rigorosa esta Argetina! Marido faz uma correria, mil ligações SP-MS, sogra nervosa, achando que não daria tempo, pois a papelada só poderia ser enviada dia seguinte, no tal Sedex 10. Mais ansiedade, claro. Dava tempo. Dia 9 de janeiro, cedo, autorizações em mãos, RGs em mãos, malas prontas, últimas compras efetuadas


4ª Cagada - Baixar a guarda para a capacidade das crianças. Fomos visitar uma amiga, no sábado, almoçar por lá. AP no primeiro andar, novinho, móveis e decoração lindinha. Amigos reunidos, risadas, novidades em dia, vinhos, comidinhas, uma boa massa e as crianças soltas, os meus dois meninos e a filha dela, a Bia. Até que o Téo aparece com o rosto arranhado e a Bia me confidencia que eles pularam da sacada do primeiro andar, na correria da brincadeira. Quase morri. Sobrevivi.


5ª Cagada - Dia 10 de janeiro nos levantamos cedinho, tomamos café, as últimas providências e um táxi para um hotel onde tomamos o ônibus para o Porto de Santos. O roteiro: Santos, Buenos Aires, Punta del Este, Itajaí, Santos. Sete dias de boa vida, boa comida, uma grande viagem, férias e descanso para todos. Chegamos na primeira turma em Santos. Tudo se resolvendo, orações em dia, agradecimentos a Deus, fila para o Check In. Tudo normal. Menos o meu próprio RG. Si, meu erregezinho de 2o e tantos anos atrás não seria aceito nem foi aceito meu erregezinho novo de jornalista: tem tudo, CPF, digital, assinatura, o mesmo número de RG 'normal', até tipo sanguíneo, só faltava falar espanhol.... e nada, a agência não aceitou porque a Argentina não aceitaria_ como a viagem para 'cinco' pessoas era uma cortesia de R$ 10 mil deles, nem dava pra fazer escândalo pela falta de informações. Aí, já viu. A hiperatividade do sistema cerebral que foi desenhado para produzir respostas imediatas ao perigo iminente disparou. Hiperhirepatividade, claro. Incredulidade e aquela cara de tacho, de desinformada, de marinheira de primeira viagem desavisada, de turista acidentada.... um terror rsrsrsrss, não queiram passar. Fomos pra lá, pra cá, falamos com um, com dois, com a Polícia Federal, tentamos dar carteiradas - ela de atriz e eu de jornalista... Nada comoveu as autoridades. RG para ir ao Mercosul, de acordo com um tratado recente, deve ter menos de dez anos, foto parecida com sua cara de hoje, nada de rasuras, nada de ser plastificada.... anotem aí, caso queiram ir à terra do tango.

E o passaporte? Vencido, ficou no MS. Raiva, vergonha, medo, raiva, desolação, incredulidade, tudo junto e misturado...


6ª Cagada - Tomar atitudes de afogadilho, no momento tenso. Qual foi? Mandar as crianças para a viagem com a sogra, sem ponderar perdas e ganhos. Não vê problemas? Talvez nem haja mesmo. Nem houve. Corremos com quinze minutos de prazo até o juizado para conseguir que ela fosse autorizada a viajar com a meninada. Aquele zelo todo para a autorização do pai não se repetiu. O juiz demorou um pouco, mas deu a dita, sem olhar nossa cara e sem comprovar que de fato ela era a avó. Menos pior, sei lá! Mas os problemas: eles não convivem, ela não tem experiência nem muita paciência com crianças - ainda mais três!, os meninos tinham pulado do primeiro andar na casa da amiga, lembram-se?, eles são amáveis, mas espinafrados.... meu Deus, poderia ser uma hecatombe familiar. Eu já estava descompensada, com ânsias de vômito, tico ia pra esquerda, teco pra direita... e os quatro, portão de embarque afora.... que sensação de perda, não da doce vida, mas do controle da situação, de mandar os meninos para o Atlântico, para sua primeira viagem internacional e sobre as águas, sem minha insubstituível presença materna rsrsrs.


7ª Cagada - Fazer mala junto. Então, a mala já estava embarcada no Imperatriz e não tinha como voltar para eu pegar minhas coisas. Fiquei no porto, a ver navios partirem, sem roupa, sem lenço e com um documento considerado defasado, ou seja, sem documento, pelo menos documento válido para los hermanos porteños.


8ª Cagada - Tentar consertar uma cagada a qualquer custo. Antes do tchau final, combinamos que eu tentaria fazer a segunda via do RG e ir à Argentina de avião, me juntar a eles no navio, e prosseguir viagem, juntos. Com tantos atropelos conseguimos chegar ali, conseguiríamos romper esta outra dificuldade. Ilusão, ingenuidade e porra-louquice tudo junto e misturado!!!!!

Com a bolsa pessoal, a escova de dentes, meu perfuminho barato, calças jeans, camiseta estampadinha de verde, sandálias havainas com strass e florzinha verde e meus documentos inaceitáveis, subi a serra. Nas curvas da estrada de Santos, até chorei, como mãe que tem as crias arrancadas, que fica com o leite vazando sem o nenê para mamar.... rsrsrsrs - gente, cabeça é uma loucura e aquele sistema feito para me dar o saudável alerta para os riscos estava mesmo em hiperatividade!!! Já era patologia.


9ª Cagada - A decisão da cagada anterior gerou esta. Fiquei perdida, no AP da sogra, na avenida Paulista, linda vista, tudo que São Paulo tem de bom na porta de casa. Sem vontade de comer, sem vontade de ir para onde quer que fosse. Fui pro computador. Pesquisar preços, vôos, formas de conseguir um RG express, fosse onde fosse. Não consegui ligar as TVs, sintonizar a NET, foi tudo desligado para a viagem.... ok, diante de tanta merda era só mais uma, ficar em silêncio. rsrsrs. Segunda-feira, mobilizo marido para mandar a certidão de casamento para o novo RG - nos casamos há cinco anos, continuo com nome de solteira! Internet, internet, e chego à conclusão de que iria a Belo Horizonte, de onde é meu RG, fazer a segunda via no UAI, o Poupatempo de lá. Em 24 horas estaria em mãos. Então, façam as contas. Receberia a certidão de casamento terça-feira cedo pela transportadora da mesma empresa de ônibus, voaria para BH, chegaria lá umas 10h, quarta de manhã estaria com o documento nas mãos, voaria para Buenos Aires, via São Paulo, chegaria antes do navio zarpar para Punta, marcado para as 18h. Deu pra entender a viagem?? Viagem de pó, de neurotransmissores em pane, de gente sem noção. Mas, caros e caras, tentei. Liguei para BH, o cara do UAI me avisou que o sistema estava fora do ar sem previsão de voltar naquele dia... mas enquanto há vida há esperança. Em Sampa, eu podia fazer a primeira via de um novo RG, mas demoraria 15 dias para ficar pronto... então, só em Minas eu resolveria.

Enquanto a certidão de casamento viajava para Sampa, um pouco de sanidade. Fui conversar com minha amiga severina Eliene no msn. Ela prontamente me apresentou virtualmente para a Nana, do Manga com Pimenta, combinamos nos encontrar no final da tarde de segunda, depois de darmos muitas risadas, falarmos muitas besteiras e palavrões e de eu iniciar um post sobre o 'causo', que não coloquei no ar, tá lá nos rascunhos, em mal traçadas linhas sem eira nem beira. "Estarei de blusa azul, saia de florzinha, bolsa rosa", me disse a doce Nana. E eu? "De calça jeans, com uma das duas calcinhas que comprei para suprir o guarda-roupa que está no oceano, uma camiseta preta do namorado da sogra e as havaianas". Ponto de encontro: Extra da Brigadeiro.

"Oi, você é a moça de blusinha azul?" Era, subimos a Paulista a pé, hora do rush humano mais legal do continente - eu particularmente amo -, conversando, falando de família, de blog, nos conhecendo ligeiramente.... nos sentamos no shopping Center 3, na Doceria Ofner, mais especificamente, e não pedimos nada. Eu estava tão tonta que nem vontade de degustar uma delícia desta instituição paulistana das calorias, que é a Ofner, eu quis.

Sobre a Nana. Gente boa, lindinha, mulher com cara tranquila, lutadora, uma batalhadora do dia-a-dia, apaixonada pelos blogs que mantém. Um refrigério para aquela hiperatividade neuroquímica que ainda continuaria dia seguinte.

Para encurtar: o documento chegou. Fui à Barra Funda buscar, bem cedinho. Peguei um ônibus quase certo, desci longe, caminhei quase uma hora, atravessei um ponte improvável, numa calçada que não tinha mais que trinta centímetros e carros a mais de 80 por hora passando ao lado. O endereço estava errado, caminhei mais um pouco. Peguei o documento. Tomei ônibus certo. Desci na Paulista para pegar a troca de roupa que tinha e fui pra rodoviária, tomar ônibus para o aeroporto de Cumbica. A Marginal estava naqueles dias, o ônibus executivo de R$ 32 a passagem se atrasou 50 minutos.

Tudo meio conversado com a agência do navio para facilitar minha vida no embarque para BH, mas perdi a hora hábil para embarcar. Então, para arriscar, tinha que achar alguém em BH que me garantisse que o RG ficaria pronto. Uma, duas, na terceira pessoa a ducha de água: "se quiser arriscar, venha, mas não estamos garantindo porque o sistema ainda não está totalmente bom". A atendente da agência com uma cara de dó de dar dó me desaconselhou, ainda assim olhou vôos, fizemos novos roteiros, possibilidades para o que, de resto, eu já sabia seria impossível. Desisti. Por quinze minutos. Passei na Webjet, fiz outra cotação, vendo se ainda haveria um jeito de arriscar ir a Minas e depois para Punta. 'Punta' merda.... merda, merda, merda, desiste, filha.... cai na real, perdeu o presente, os filhos nesta hora já estão se acostumando com a avó, ela com eles... o que for já é.... danou-se, esquece.

Voltei pra casa da sogra, num ônibus de R$ 3,00 e mais metrô de R$ 2,70, abri o e-mail, enquanto ligava pro marido para avisar que não consegui mesmo.... enquanto lia o e-mail dela me tranquilizando que estava tudo bem, com todos curtindo adoidado, ele me informava no telefone que havia saído sem documento de habilitação e batido o carro e tals..... que o prejuízo era alto, mas sem qualquer ferido ou polícia para constatar a falta de que?de documento....cara. Eis a décima cagada. Na verdade, a menos impactante naquele momento.


11ª Cagada - Substimar a autoridade. Ande documentado, com tudo o que tem direito e mais um pouco e creia em suas intuições, uma espécie de autoridade que vem do céu. Explico. Desde o primeiro dia em que a possibilidade desta viagem foi anunciada eu não a via. Nunca me imaginei de vestidão longo, salto alto, coque, sorrindo para as fotos na noite do comandante, nunca me vi desfilando de maiô pelos decks, nem jogando no cassino. Tão pouco me vi assim, de braços abertos, na ponta da proa, cabelos ao vento, estilo Titanic, com aquela musiquinha de fundo ou na free shop torrando o cartão. Eu sabia que não iria, desde o primeiro momento, mas não dei ouvidos a mim mesma e não me preparei para ficar, na boa, curtindo a vida de sampa, com filhos preparados para seu primeiro vôo, digo, navegar, solo. Sabia que o plano A não era pra mim e não fiz plano B.


12ª Cagada - Não deixar a ficha cair, não aceitar o imponderável, não relaxar, não aceitar minha cagadas.... ou pelo menos demorar para deixar estas coisas acontecerem.


Depois de tudo me restou: caminhar muito, rever amigos, levar cachorra da amiga para passear - e descobrir que paulistano cumprimenta os cães na rua e nem olha pros seus condutores (vou escrever sobre isso)-, ir ao cinema, chegar em casa depois das 2h da manhã, ir à 25 de Março e carregar mais peso do que é humanamente recomendável, caminhar mais, comer pouco. Tudo isso, com aquela hiperatividade insistindo em continuar. Porque é assim, quando detona o processo, só no medicamento para refrear A COISA. Então, cagadas à parte, no domingo seguinte, quando o povo chegou, chorei, ouvi as críticas e eolgios sobre o comportamento deles, matei saudades e a sogra me deu umas gotinhas de Rivotril e, enfim, dormi e entrei em férias. Fui assistir a Avatar 3D com eles, caminhar com eles, fui ao McDonald´s com eles e descobrir que sou um bando. Já amei a solidão e eu me bastava a mim. Segunda, dia 18, foi meu aniversário de 43 anos, voltamos para nossa casa à noite, de ônibus, 9 horas de viagem.

Hoje, 4.3, sou pelo menos quatro, meu plano A de vida. E sei que preciso pensar no plano B. Amanhã, Vinícius, 10 anos, faz sua primeira viagem sozinho mesmo, sem vó nem nada. Foi convocado para disputar um torneio de futebol defendendo a cidade. O carro está em conserto. Eu ainda tremo pra contar esta história, A COISA ainda não acalmou, não estou dormindo tão bem quanto deveria, comecei a caminhar com a nossa cachorra. A mala dele, ele mesmo fez. Estou ajudando nos detalhes finais. De tudo, eles arrumaram muitos amigos, os orkuts e msns da vida estão super ocupados, se viraram, apresentaram peça de teatro no navio, com altos e baixos, cagadas e acertos, foram eles, vieram bem, cheio de experiências que talvez não tivessem comigo ao lado. Acho que até amadurecem um tantinho. Preciso pensar no plano B, me lembrando de uma dor que vi nos olhos e na fala do meu pai quando saí de casa para a faculdade: enfim, chegou a hora de você bater asas, ele disse. Depois destas navegações e divagações, sei que eles estão começando a levantar vôo. Isso é bom e ruim, que merda! Cagada esta de ter filhos e sentir que eles são seus, só seus.....

Agradecimentos
Bem, para relaxar e mostrar que mi corazón partio tem cura, recebi um presentinho da querida Ruby, do Meu Canto, Minha Prosa. Rubizita, considerei presente de niver porque você postou dia 18. Obrigada pelo mimo carinhoso e lindo.
Agradecimentos ainda à Nana e à Eliene que seguraram meu Tcham, para a sogra que levou a moçada, para a moçada que voltou, linda, leve e com vontade de ser solta..... confira aqui.

12 comentários:

Eliene Vila Nova disse...

oi amiga
nossa adorei a descrição do encontro, blusa azul, calcinha...kkkkkkkkkkkkkkkkkk
as vezes tudo vira de cabeça pra baixo e demora pro corpo relaxar e voltar aos eixos, se precisar xingar alguém estou por aqui sempre, viu?kkkkk
te adoro
beijos
beijos

Calma que estou com pressa! disse...

menina que qe é isto quando vc falou que as férias tinham sido frustrantes - pensei nõ é prá tanto - mas que novela - mas agora me conta - como tu guardae estes detalhes todos na cabeça - coisas de jornalista? menina eu iria pirar com meus filhos longe e com sogra e num navio indo para um outro país - tem certeza qe não foi filme que tu viu
não?haja rivotril - ainda bem que tem as blogueiras de plantão - ufa - agora tem que fazer um post sobre as coisas boas tb - cadê as fotos com a nana , sampa - nem lembrou né?
bjs

coruja disse...

Menina, isso é roteiro de mini série??? Afffeeee....eu tinha pirado de vez...rssss
Bjks
Ana Lúcia

Saron... disse...

Oi Ana, nossa que strees vc passou.Viajar não é nada facil, principalmente quando é a primeira vez.Eu tb viajei pra fora do pais e passei por algo parecido(rsrsrr).Quase não embarquei, tive mais sorte nos ultimos min estava eu lá dentro do avião...
Bjos

Claudia disse...

Deus do céu! Não era pra vc ir mesmo - mas a sorte é que deu tudo certo, apesar de TUDO!!rs


beijos

Mona Gouvea disse...

Fiquei cansada só de ler o lero que foram suas férias...

Débora Fouraux disse...

Anaaaa! que confusaoo heinn! acho que minha mãe passa por esses mesmos problemas comigo! quando eu fui morar sozinha em uma outra cidade ela me levou no psicologo, e disse a ele que tava com medo,pq eu ia morar sozinha e tal, ai eu conversei com ele, e no final ele mandou ela aumentar a terapia dela, pq eu saberia me virar mto bem!dps desse dia ela começou a entender que eu estava crescendo! meu coraçao tbm doi muito quando tenho q ficar longe dela! uahauhauh Beijoss

Rita de Cassia disse...

Nem sei o que seria de mim numa situação dessas. Mas além da maneira muitíssima agradável que escreveu sabe o que me chamou a atenção? A intuíção. Sempre que me sinto em dúvida, procuro tentar me ver escolhendo uma das alternativas e .. até hoje deu certo. Existem realmente siruaçãoes onde não me vejo de geito nenhum e elas realmente não se concretizam. Não é ótimo? Tirando todo o resto, no final "salvaram-se todos" e você é extremamente maravilhosa contando desssa forma o que te aconteceu e FELÍZ ANIVERSÁRIO!!!!!!!!!!! Tá atrasado mas vale. Mas apesar de todos os percausos doi mesmo é ver nossas crianças crescendo e indo embora. Acho mesmo que nós é que dependemos deles.
bj bj bj

*Wlady disse...

Oi Ana! Fiquei triste aqui com o que aconteceu.
O bom é que as crianças se divertiram e tiveram uma experiência muito boa.
Agora, traquilize suas emoções.
grande bjk

Ana B disse...

Amigas, obrigada pela força e palavras que de fato demonstram o carinho que sentimos umas pelas outras....

Parece bobeira, ou algo para se tirar de letra, mas quis mostrar que muitas vezes estamos tão seguros ou desprevenidos que o acaso nos deixa desprotegidos, ao contrário do que a música diz, nos nos provoca um furacão interior.

Mas sobrevivemos e emoções são mesmo para serem rearanjadas em seus lugares...certo?

Beijos a todas minhas companheiras de viagem.

Ana B disse...

VOLTANDO
Nem eu, nem Nana tiramos fotos do super encontro. Só rimos pelo fato de que as blogueiras se conhecem no virtual, daí partem para a real.
Conosco foi o contrário, mas o que importa na vida é a arte do encontro, embora haja tantos desencontros pela vida, como diria Vinícius de Moraes... BEIJOS

Talma disse...

Liçao 1: vc aprendeu, com dores de parto, o recado de Gibran Kalil que diz: "teus filhos não são teus filhos...sois apenas o arco que lança a flecha".

Lição 2: comece a se preparar para a "síndrome do ninho vazio". Aquela dor que seu pai experimentou, quando viu que era sua hora de voar. Comece agora, para não sofrer depois.

Liçao 3: confie nas suas sementes. Eles são fortes, competentes e só precisam de vc enquanto sao "mudinhas", para que vc dê água e arranque as ervas daninhas da volta. Depois amiga, é com eles.

Mas amiga...passar um perrengue desses para ir a Argentina? Sei lá amiga, mas eu sofreria se perdesse uma viagem a Paris...rsss.
Não deprezando a Argentina, mas é que é um país vizinho e, se for da vontade de Deus, vc terá sua hora de conhecer - e vale a pena.

Mas parabéns a você, por ter permitido que seus filhotes partissem sem você.
É isso aí amiga, foi uma bela lição de DESAPEGO.
Beijocas moça!!
* mimijei rindo das cagadas todas...rsss...( tá, com exceção da batida de carro).