segunda-feira, 31 de maio de 2010

Receitinha: carne de yakissoba

Segundona, o papo é regime. Inferno. Sempre de regime e sempre gorda.

No sábado, produzi esta iguaria da cozinha chinesa. Mas foi um yakissoba sem macarrão e sem receita copiada de nenhum lugar. Eu sou assim: como e acho que sei fazer. E faço - quase faço.

1. Corto 800kg de alcatra sem gordurinhas em tiras finas, tempero com sal e limão. Pode ser substituída por dois peitos de frango, sem pele, em tiras.

2. Frito em uma panela grossa e larga, com duas colheres de óleo. Frito aos poucos, para evitar que junte água.

3. Quando está frito, acrescento dois dentes de alho amassados e um pedaço de dois centímetros de gengibre ralado.

4. Deixo a carne na panela, mas coloco de um ladinho. Depois, acrescento 3 cenouras cortadas em lascas grossas na parte vazia da panela e vou refogando e pingando shoyu para não grudar.

5. Na sequência, acrescento vagens cortadas em lascas, no mesmo procedimento da cenoura.

6. Coloco mais legumes - o que tiver, brócoli, chuchu, couve flor - neste dia foi repolho cortado grosso e cebola também, repetindo o processo do reforgar no shoyu. Coloco um pedaço do cubo de caldo de costela e provo o sal.

7. Refogo tudo - os legumes devem ficar crocantes. Misturo com a carne.

8. Numa outra panela, colocou meia colher de margarina, derreto, acrescento duas colheres de farinha de trigo. Dissolvo com quase um copo de água. Tempero com shoyu e mais caldo de costela. Fica um mingau escurinho e ralo.

9. Junto o molho no refogado de carnes e legumes, incorporo na chama alta do fogão.

10. Servi com arroz, mas pode muito bem ser o molho para um espagueti ou lamen. Eu garantcho que vamos continuar gordos e felizes. Falando do quê? Comida e regime. Sina gorda!

A tempo: este pratinho lindo faz parte do primeiro aparelho de jantar da minha vida. Vou mostrar inteiro. Ganhei, semana passada da Gi, colega de trabalho que retribuiu empréstimos do cartão de crédito. Obrigada, Gi. Realizou o sonho de uma pobre dona-de-casa-mão-de-vaca.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Meu 'loft' e a bicharada

A Ana Medeiros fez um post convidando a morar em um loft e dando serviço completo sobre este estilo de moradia, com prós, contras e etc.


Contei pra ela que moro num loft de 'pobre' (bato na boca três vezes, porque pobreza é de espírito, grana a gente faz acontecer ou se vira pra viver com o que tem).


Fizemos uma reforminha e derrubamos muitas paredes e construímos duas ou três. Isso foi em 2008/2009. Temos 100m² de área construída e a impressão de muito mais.

Fiz estas fotos pra testar meu presente (câmera digital baratinha) de dia do que mesmo??? Ah, Dia da Toalha, como contou a Laély.


Aqui é a vista da sala para a cozinha/jantar/refeições

Não reparem que lá fora tem roupa no varal, que a janela da pia está sem cortina

Aqui, vista do jantar para a sala

Tem muitos detalhezinhos para acertar. Cortinas, quadros, abaixar a luminária de cima da mesa. Mas mão-de-obra aqui na minha cidade virou negócio de polícia ou de sorte.

A sala é mais estreita que a cozinha, porque esta abriga dois ambientes, mas a falta de paredes amplia tudo, nos deixa mais juntos. Eu gosto muito.

Aqui a mesa de jantar, tarefa, bate-papo, bate-boca, DR, craft, tudo. Comprei no presídio, é feita pelos detentos como meio de remissão de pena.
As poltronas são feitas na ONG da minha igreja, com pallets, e o dinheiro é revertido para tratamento de dependentes químicos.
O baú está servindo como banco dos meninos. É a herança mais valiosa que tenho. Meu biso fez em 1890 e tantos. Minha avó, que nasceu em 1905 herdou e eu arranquei da casa do meu pai, depois que ela morreu. Quando eu era menina, tirava os cochilos da tarde em cima dele, na casa da vó. Como banco das crianças ficou ótimo porque é mais alto que as cadeiras, facilitando a vida deles à mesa.
Falando nas crias, lembra da cômoda do quarto, onde coloquei os organizadores de material escolar feitos de caixas de papelão encapadas com tecido?

Era assim:

Ficou assim:



Forrei as gavetas com tecido listradinho P&B



Coloquei puxadores de madeira e fiz caixas para os DVDs e jogos do Play também

E, como esta casa já tem gente demais, apresento-lhes a mais nova dona da casa


Eu quero CATarina, mas a Joana chama Catherine. Estamos chamando de Catarina. Que bicho enoooorme!




Enorme nada, espaçosa. Acha que manda em tudo.




Parece um macaquinho



Pra desgosto deste olhar, né JJ? Não se aflija, você acaba com minhas cebolinhas, mas eu te amo.



E deste também. Joana diz que a cadeia alimentar está fechada aqui: uma cã, uma gata e um rato.


Para confundir, temos também este passarinho, saído do forno.
A verdade é que estão todos se dando muito bem (quase, estão se conhecendo, farejando, mas vão se integrar). Como estão integrados nossos espaços. Afinal, este loft é de pobre, mas como coração de mãe, sempre cabe mais um.

Beijos

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Não ao bullying - blogagem coletiva

O bullying é uma prática de violência física ou psicológica
que humilha, constrange e discrimina uma pessoa.
Diga não ao bullying.
Oriente as crianças para não serem vítimas
e para não praticarem o bullying.
Hoje a postagem é rápida. Já temos vários blogs parceiros na campanha do Banho de Balde por Um Dia. Estou organizando o material e espero divulgar mais amanhã. Bj

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Banho de balde por um dia - pratique e ganhe prêmios

Pronto! (como diriam os pernambucanos amados)

A Margaret e a Ana Medeiros toparam. Juntando o Rômulo, meu colega de trabalho, e meus três filhos, já somos sete pessoas.

Então, é hora de lançar a semente.

Dia 5 de junho: Dia Mundial do Meio Ambiente: "Banho de balde por um dia"
















Vem aí a campanha mais limpinha da internet. Atitude consciente e prêmios.

Aguardem as regras, a justificativa, os prêmios e os parceiros!!!!
Enquanto isso, acesse este link e calcule quantos litros de água você gasta no banho diariamente. Consciência começa com informação.
Beijos
Ana B.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Jogos americanos

Sou funcionária pública e isso implica em muita mordonia, diz o senso comum. Mentira. Existem vantagens e desvantagens, como qualquer função, seja pública ou privada.

Minha jornada de trabalho começa às 7h e acaba às 13h. Seria uma grande vantagem, não fossem as suscetibilidades do jornalismo, como a pauta não ter hora para ocorrer - sábado, domingo, feriado, 16h, 21h. Raramente saio às 13h. Fazemos a cobertura dos atos dos vereadores para um site, um programa de TV, um programa de rádio e colunas que saem nos jornais locais, além da assessoria para a imprensa.

E, caso conseguisse sair às 13h, ainda assim não conseguiria fazer uma coisa que amo e da qual sinto falta: almoçar com os filhotes. Marido é quem se vira com eles. Deixo almoço encaminhado, ele pega na escola, complementa o cardápio e serve, porque 13h as crianças já têm outros compromissos.

Porém, sempre há um porém, nesta semana ele viajou e tive que sair mais cedo para pegá-los. Conclui: às vezes comem na frente da TV e, quando vão para a mesa, não estendem toalha, é mesa e prato e pronto. Graças a Deus, mas poderia ser melhor. Quando estou lá, sirvo tudo fofo, coloco mesa - mesmo quando nos servimos no fogão - e acho isso imprescindível. Não é crítica ao Cézar, mas a mim mesma, viu!!!

Quer ver como ir à mesa é imprescindível? Sábado foi uma colega da Joana passar o dia conosco e, no contrapeso, levou o irmãozinho de 7 anos. Nos sentamos para o tradicional macarrão de sábado do qual já falei. "Nossa, vocês são mais ricos do que nós", disse o irmão da Fer, o Arthur. "Somos nada. Por que você acha isso?", perguntei. "Vocês até comem na mesa!", exclamou o pequeno e adorável convidado.

Então, acho que é riqueza comer junto, conversar, discutir, saber, almoçar junto todo dia, sem perder esta mania, é coisa cara. Principalmente sentida quando não temos a chance.
Decidi, por isso, que vou ajudá-los a por a mesa com lugares americanos, ou jogos americanos. Ficará mais fácil para eles. Tínhamos uns de plástico, by R$ 1,99, mas estão velhos e desestimulantes. Achei estes que me parecem inspiradores.



Este é um dos meus prediletos. Tem PAP aqui.



Modelos da Ana Sinhana, lindos à venda no blog dela.



Além dos jogos, amo estes trilhos que atravessam a mesa. Mais fáceis de fazer. Acho que posso deixar tudo montado para eles







Terei que arrumar tempo e inspiração para costurar os meus próprios jogos. E vocês devem estar pensando: funcionária pública, sai cedo de trabalho, pode muito bem fazer. Mas, para ter uma noção, quando saio não chego em casa tão cedo, porque faço frilas para a revista e para outros jornais etc, etc. Na hora que chego, tenho que preparar jantar, ajudar nos deveres escolares, apaziguar conflitos, beijar muito, opinar sobre a cor do esmalte, passar creme nos cotovelos secos (amo, amo, amo tudo isso). Ultimamente, tenho que estudar matemática, junto com Joana, que vai fazer a olimpíada da matéria (isso não amo muito não!).

E depois, vocês ainda podem pensar: bem, trabalha muito, ganha bem, melhor comprar pronto. Mas vocês conhecem este tipo de gente que quer fazer??? Este tipo de gente que só está funcionário público? Prazer.


A funcionária pública, jornalista e mãe aqui, tá sem câmera fotográfica... isso é pior do que esticar o expediente. É retardar postagens e ter que se valer das fotos alheias. Beijos

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Hortinha inusitada

A cadela aqui de casa, a JJ (lê-se Jay-Jay, chique, né?), odeia pé de cebolinha e outros cheiros verdes. Ela destrói os canteiros e ponto.

Agora, imagine a cena abaixo: a cebolinha plantada no comedouro? Com um gato lindo (amo, amo, gatos) ao lado? Seria a fúria da cachorra assassina?

Porém, na sua casa talvez dê certo.

Se não. Leve as ervas para dentro de casa, pro abajur. Mas não se esqueça de deixar próximo a uma janela na qual bata muito sol.

Ou ponha na janela da cozinha, nos bowls lindos, sem esquecer de furar embaixo pra drenar (como fura? não tenho a mínima ideia)


Até mesmo vasos pintados ficam lindos


Fotos: www.bhg.com - Better Homes & Garden, outra newsletter ótima que recebo, sei lá porquê, mas agradeço!

Ou ainda nos potes que seriam de café, feijão e outros.
Minha vó plantava em lata de óleo, tinha umas de 18 l, perfeitas. Plantava em bacia velha - de plástico ou alumínio, em panela. Acredita que eu achava pobrinho? Ah! os pobres moços, pobre é a juventude!!!
E, hoje, eu querendo ter um prosaico pé de cebolinha pra ser modernosa e a JJ impedindo! Deve ser a vingança do tempo. Mas ela que me espere, a minha vingança 'saramaligna'. Tem um gatinho mamando, na casa da vizinha, à espera da mudança de endereço. É só desmamar. É muito fofo. E tem cara de quem ama salsinha e de que não se importa em dar seu pratinho pra dona.

sábado, 15 de maio de 2010

A mãe do goleiro

A mãe do juiz todo mundo já sabe o que é. Mas a mãe do goleiro, estou aprendendo a saber - e a ser.
Todo mundo torce por gols. A mãe do goleiro torce pelo não gol, talvez uma atitude anti-esportiva.
Quando o time ganha, o time ganha. Quando perde, o goleiro levou os gols. Mas a mãe, vê que ele 'quase' pegou, funciona em lógica diferente. Só ela e o filho.


Quando o time marca, o goleiro comemora sozinho. Quando o time toma, o time sofre junto e o goleiro sofre sozinho. Sozinho em campo. Lá fora, tem uma mãe sofrendo horrores, sabendo certinho o que ele tentou e não conseguiu, por vezes sendo lembrada, como o é a mãe do juiz.



Dizem que o perna-de-pau é quem fica no gol. Pode ser, muitas vezes é. A mãe vê além: as mãos têm que ser de anjo, o braço de elástico ou de polvo. O salto de gato, o voo do pássaro, a coragem do soldado, a luz no final do túnel, o último homem, a muralha, um herói. Buscando no fundo da rede ou frustrando o adversário, um herói. Afinal, ninguém, só ele, aceita ser o telhado de vidro. E isso, exposição ao risco, é coisa pra corajoso, pra destemido.

E faz espetáculo. Represa a bola no chão, salta na vertical, na horizontal, desdobra-se, retorce. Defende de mãos, pés, cabeça, até bunda se precisar. Existem defesas milagrosas, espetaculares, lindas, mas não existem defesas feias. É o caso em que função importa mais que estética, que os meios justificam os fins.




A mãe do juiz de hoje não sei quem é, creio ser uma boa senhorinha, congratulo-me com ela. Ele, porém, sei quem é: é o cara que anulou um golaço, marcou um pênalti inexistente pro adversário e teve que ver a reação do nosso time, com dois gols. Meu goleiro quase pegou o pênalti, pulou no lugar certo. Foi o único gol que tomou, no campeonato inteiro.
Vai dormir, seu juiz, com o nome da pobre senhora sua mãe ecooando na orelha, enlameado pela sua atuação.
Eu, seu juiz, deito com o grito de "é campeão! é campeão!" e com o troféu de goleiro menos vazado na estante, pelo segundo ano consecutivo.
Ninguém lembra de mim, mas lembra do senhor e do goleirão, de 1m40cm e 10 anos. Com os devidos pedidos de perdão à senhora sua mãe e também à sua coragem de expor-se e de ser teto de vidro também. Funções ingratas: juiz, goleiro e mãe de ambos. Dela mais. Pelo menos hoje.

Terei que postar fotos depois. Hoje foi a final da Segunda Copa Idevaldo Claudino de futebol de base aqui na cidade e meu filhote Vinícius, o goleiro da crônica, jogou, na categoria Fraldinha.
Repetiu-se a final do ano passado, na qual eles tinham ficado em segundo lugar e o Vini tinha sido ainda assim o menos vazado.
Ele tá uma felicidade que só. Mas procuro ensinar: que a fé dele ajudou, que a equipe ajudou, que o compromisso dele com o grupo ajudou, que a força de vontade e talento ajudaram e que, para ele ganhar, alguém perdeu e está triste. Não sei se isso é correto, mas é o que diz meu coração: comemore, mas pense que alguém não está comemorando, então Deus escolheu você. Agradeça e ore pelo adversário, tente sofrer - ou ao menos entender - a dor dele. Põe fel neste mel. E lambuze-se, Vinícius. Te amo!

terça-feira, 11 de maio de 2010

Madeira, decoupage e pátina

Tem algumas coisinhas que me confortam a visão e, por extensão, confortam a alma também. Isso acontece com vocês?
Entre estas coisas estão a limpeza, a organização e peças ou ambientes com toques rústicos, porém clean. Remetem-me a lugares e sentimentos que nem sei de onde saíram, tipo saudade daquilo que nunca vi. Ou vi e ficou guardado no lugar do cérebro que aciona a ideia de conforto.
E entre os objetos estão, sem dúvida, aqueles que usam barro e madeira. Se for pau véio, melhor. Vai entender o ser humano que sou. Mas sou assim, acho que não vim do pó (só uma brincadeirinha, viemos todos!) mas vim da madeira, antiga, desgastada, quase inútil, deixada de lado, porém robusta, forte e perene. Se passar uma tinta, descascar e colar uma figura (decoupar), escrever umas palavrinhas, melhorou. Tá velha, quase feia. Que nada. Está linda.
Olhe, conforte a visão. Conforte a alma.
















































Boa esta sensação de que ainda há solução!!!! E uma solução charmosa. Né?