Primeiramente, não será novidade, as duas peças são frutos do quê? Isso, ganhou um doce quem disse que é fruto do reaproveitamento. Como assim? Bem, o banco é produzido com madeira de paletes recolhidos em uma indústria de refrigeradores aqui da minha cidade, a Metalfrio. Eles doam a madeira para um projeto social do qual faço parte, o Desafio Jovem Peniel
Esta ONG é ligada à igreja Peniel, na qual congrego. A ong mantém um programa de recuperação de dependentes químicos, gratuitamente, e um dos projetos é a laborterapia, onde temos a marcenaria, que produz alguns móveis com as madeiras doadas.
Este bancão, com três cadeiras e uma mesa de centro custam - abram a boca e pasmem! - cerca de R$ 600,00. Só! Porém, o mais legal é que, enquanto os rapazes, adolescentes e senhores jogados às traças e consumidos pelo vício tentam reciclar suas vidas, pelo poder do amor, das orações e da palavra de Deus, fazem a reciclagem de madeira e também de garrafas pet, que são vendidas para custear o programa de recuperação.
Eu sou louca pelo Desafio Jovem Peniel.... uma obra de amor a Jesus, ao planeta e aos homens.
Já quanto ao futton caseiro (bem, futton, futton não é, mas dei um formato parecido) era o colchão de espuma do berço que acolheu a meninada de casa. O povo cresceu e o colchão ficou pra lá e pra cá. Doei o berço e não sei porque não doei o colchão. Resolvi. Cortei o cara com uma faca de cortar pão, daquelas serrilhadas, e costurei o tecido a mão. Não fiz fotos, mas foi assim. Cortei as partes de cima e de baixo com uma sobra de uns 3 cm e, para as laterais, uma tira com a mesma sobra e costurei as laterais nas partes maiores, com uma costura parecendo de colchão. Nunca vi nada igual, mas, ao vivo, deu um ar de futton, acredite. Baratinho, baratinho. "Nossa, ficou super bem feitinho", elogiou minha mãe. Eu acreditei. Sem contar que um futton custa o que eu não ouso pagar.
A seguir, temos a cadeira do jogo. A almofada do encosto fica em pé porque tem uma madeira entre as espumas. Era assento e encosto de outra cadeira velha que reaproveitei também. Acho que seria mais legal se pegasse todo o assento da poltrona, mas também é legal deixar a madeira um pouco a mostra, já que não compromete o conforto.
Sei lá. Mas tenho convicção: coisa de pobre - brasileiro, pelo menos - é conta, crediário, prestação, carnês e milhões de faturas pra pagar. Se não fosse assim, como teríamos, né G.Aronson, né Samuel Klein (vulgo dono da Casas Bahia)???
Então pra organizar o que chega pra pagar, usei uma prancheta que fica pendurada na cozinha. Acho que tinha meia dúzia de pranchetas, sobras de uma pesquisa que realizei uma vez. Tentei fazer algo bem bonitinho, com restos de tecido da colcha do quarto da Joana - minha modelo da primeira foto - e algumas fitas, um restinho de jeans. Deu nisso aí.
Uma primeira experiência meio meia-boca no visual, mas que resolveu muito a questão dos atrasos, das contas perdidas e do Cézar reclamando: "você nunca sabe onde estão as contas..." Na verdade, Cézar, eu nunca sei mesmo onde é que está o dinheiro, este eu queria saber sempre. Hehehehehehe. Dá pra deixar uns 50tão no bolsinho rosa? Ali eu acho facinho, amor .... posso pagar a modelo.

Já a segunda experiência foi este portarretrato ou porta-retrato para a Dani, amiga da Jô. Levei uns milhões de minutos para fazer, mas consegui.
Olhem os detalhes mimosos!!!!
Cola, tecido, linha e agulha, pouco custo, reaproveitamento 100%, eu e Joana - dando muuuuuitos palpites. Pra mim, uma receita de sucesso. Precisa ser aprimorado, claro, mas um sucesso, até aqui porque, se economizamos na grana, gastamos na convivência, nas risadas e no amor. Metida? Nada. Ainda não consegui fazer uma roupa na minha máquina de costura. O apóstolo Paulo dizia que tinha um espinho na carne para que não tivesse chance de se gloriar. Eu, pra calar meu ego, também tô assim: consigo colar tecido, mas costurar uma blusinha sequer..... nada, pra não me gloriar....
Beijos no coração e que vocês vejam Deus cuidando individualmente de cada uma, nos pequenos e grandes momentos da vida. Na riqueza ou na pobreza.