quarta-feira, 28 de abril de 2010

Churrasco sul-matogrossense

Diga-me com quem andas que direi que és.
Delícia de final de semana, das festas, de quase todo dia, o churrasco é um dos pratos mais apreciados aqui na minha terra, a terra do boi verde - criado de forma auto-sustentável, com rastreamento e tals - e da carne vermelha em abundância e com muita qualidade.
Uma coisa muito engraçada é paulista e gringo em churrasco por aqui. Ninguém acredita na fartura e na qualidade das carnes.
Mas como já disse outro dia, o diferencial do nosso churrasco é o acompanhamento, a mandioca e o molho à vinagrete.
Eu tenho convicção que são eles, os acompanhamentos, que fazem das nossas churrascadas algo inesquecível.

A carne
A peça de carne pode ser inteira ou fatiada. Os cortes prediletos são picanha, contra-filé, alcatra, cupim, capa de contra-filé, fraldinha, costela ou uma peça que se chama pacu da fraldinha, carne que é a vedete aqui em casa - preço de carne de segunda, sem nenhuma gordura, tão macia que pode ser utilizada para estrogonofe e bife, macio demais (ainda vou mostrar a peça e falar mais dela, em outra ocasião).
Há quem nem passe perto, mas confesso que uma mantinha de gordura deixa a carne mais saborosa. Ok. Caso não goste ou não possa, retire após assar


Churrasco
O preparo é simples. Salpique sal grosso e leve para a churrasqueira, quando o carvão estiver em brasa.
O sal grosso se dilui em contato com a carne e pode salgar demais. Por isso, fico com o sal de cozinha normal, porque domino a quantidade, usando a mesma de um bife, por exemplo.


Aqui em casa temperamos um pouco mais, usando também alho cortado em fatias e esfregado na carne e suco de limão.
Antes de colocar na grelha, limpo os pedaços de alho, para evitar que queimem e amargem a carne.

Leve para a grelha. Uma dica é deixar assar muito bem de um lado, até ficar dourado, para somente depois que a carne estiver selada, virar para assar do outro lado. O suco da carne se mantém mais.


Mandioca
Descasque, corte em pedaços de 10cm e abra ao meio. Coloque para cozinhar em água com um pitada pequena de sal e outra de açúcar. Se quiser bem macia, acrescente um colher de margarina na água em que vai cozinhar. Na panela de pressão, após o início da pressão, cerca de mais 10 minutos são suficientes.

Teste para ver se está macia, escorra e sirva quente.
Esta mandioca fica maravilhosa também para um café da manhã ou café da tarde, servida quentinha, com margarina e café (como em Minas).
Caso sobre, pode ser frita em óleo bem quente, virar bolinho, purê, sopa.... não tem desperdício.


Vinagrete
4 a 5 tomates bem picados, com pele e semente, um cebola bem picada, salsinha e cebolinha a gosto, duas colheres de azeite ou óleo de soja, vinagre e sal a gosto. Misture tudo e deixe marinar por meia hora antes de servir. Junta água, que faz o caldo do molho.


Servindo
Coloque sua fatia de carne no prato, sua porção de mandioca e distribua o molho à vinagrete sobre a mandioca. E toque o cachorro de perto porque ele vai querer secar seu prato, até cair no chão para ele avançar.....




O negócio é comer junto. Um pedacinho de mandioca 'molhada' com o vinagrete, um pedacinho de carne, tudo junto, no garfo e na boca. Hummmm......

Acho que vou instituir a receita da semana. Caso concorde com a ideia, é só avisar que atendo todo mundo, aqui quem manda é você, o cliente... Beijos!!!

domingo, 25 de abril de 2010

Organizadores de material escolar - a lição possível

Lição do dia: organização + reaproveitamento + cuidados com material escolar = quarto mais saudável, bonito e prático

Tópico 1 - Quarto + material escolar + crianças = bagunça.
(Não mais, se depender do 'duro' que dei nestes dias -feriado e final de semana.)


Quarto masculino = bagunça de menino

Quarto feminino = bagunça de menina

Tópico 2 - Caixas de papelão = lixo.


(Não se a gente tiver necessidades e disposição para reutilizá-las. Algumas vieram com eletrodomésticos recém-comprados. Outras, foram pegas na lixeira da farmácia. Mas podem vir de outras fontes. As melhores são as estreitas e retangulares, altas.)

Tópico 3 - Caixas de papelão + tecidos + cola branca = organizadores de livros e cadernos.




Para executar o trabalho:
a) Basta fazer um corte nas laterais, com estilete ou tesoura, de forma diagonal. Deixe cerca de 10cm na frente.

b) Caso a caixa não seja muito forte, use as aparas para colar por dentro, reforçando a estrutura.


c) Dilua a cola branca na proporção 1:1 com água, ou seja, metade cola, metade água. Corte 2 pedaços de tecido de forma a cobrir as laterais, deixando sobras para colar atrás. Corte um pedaço para a frente, com alguns centímetros a mais para as dobras.
d) Espalhe a cola com pincel, cole o tecido, estique passando a palma da mão. Dobre para colar

e) Cole a frente


f) Pincele cola em toda a superfície revestida para impermeabilizar.

g) Chame a meninada, dê o presente, explique a ideia e peça que ajudem arrumar os livros da escola. Os que não vão para a aula do dia, ficam no organizador, com as lombadas viradas para fora, fácil de identificar o título.

Tópico 4 - Organizadores + livros + boa vontade = quarto mais bonito e prático

Cômoda dos meninos também está ganhando gavetas revestidas com tecidinhos masculinos, como já dá para ver nas duas gavetinhas acima. Aguardem!

Tópico 5 - Avaliação
Pois é. Eu sempre cobro a organização, porém cheguei à conclusão de que deveria dar mais condições estruturais para isso. Agora, eles têm onde deixar tudo arrumadinho. Vou cobrar com argumentos. Isso aí. Agora só falta a avaliação: dê sua nota para esta aula.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Ganhei o concurso do Peripécias de Eva. Quer dizer: ganhamos

Eba.............. ganhei esta carteira mágica da La Pomme, em concurso promovido pelo Peripécias de Eva. Aliás, ganhamos: eu, Heloísa e Edlena Franklin, graças à bondade da jurada Margaret que não conseguiu desempatar o jogo. (tenho certeza que conseguir, conseguiu, mas ela quis mesmo paparicar as três).
Vi o resultado de madrugada e fui dormir mega feliz... Para participar, tivemos que escrever o que gostamos ou não no blog da Evinha, e porque queríamos a carteira.
Eu pedi o brinde por dois motivos: se é mágica vai ajudar na triplicação da grana dentro e porque eu sempre quis, sonhei, planejei, almejei ganhar pelo menos um grampo de cabelo no mundo virtual.... é que eu era pé quente em quermesse da igreja, em bingo, estas coisas.... e nos blogs???? nada. Só mesmo com a interferência da ídala Margaret rsrsrsss. Agora abriu a porteira??? Segura que ninguém me segura (quem dera!)
Obrigada, meninas, obrigada....

terça-feira, 20 de abril de 2010

A independência é uma sanduicheira


Algumas boas lembranças da infância são lembranças gastronômicas. Até hoje, amo fazer carne moída com batatas e servir com arroz. Porém, amasso as batatas e misturo tudo, fazendo um purê com grãos de arroz e carne. Arrumo muito bem no prato e me mato. Fica muuuuito boa esta gororoba.
Também gosto de amassar bananas maçã no prato, acrescentar leite gelado e um tiquinho de açúcar (nada de bater no liquidificador!) e comer a colheradas... Não fica aquela coisa homogênea da vitamina. Os pedacinhos da banana ficam meio azedinhos, no leite adocicado, uma delícia que ressalta o sabor da fruta.
São memórias de comidinhas que minha mãe, dona Maria, fazia e nos alegravam, pareciam grandes manjares, pratos sofisticadíssimos.
Outra coisa que às vezes faço é farofa doce de ovos. Urg!!! Não, muito bom. Acho chique! Era minha avó materna, Anna Luiza, quem preparava. Sobre um fio de óleo aquecido na frigideira ela deitava uns três ovos levemente mexidos, para misturar claras e gemas, e adoçados. Quando começavam a fritar, tipo omolete, ela virava e cortava os pedaços - meio similar aos ovos mexidos - e colocava um pouco de açúcar em volta, que chegava a iniciar uma caramelização enquanto a parte de baixo fritava. Aí, colocava farinha de mandioca bem torrada, de preferência de biju (aquela que tem forma de umas casquinhas) em cima do açúcar e mexia, primeiro a farinha com açúcar, depois tudo. Alguns bocados da farinha ficam crocantes, os ovos suculentos..... bom, minha gente, muito bom.
Minha avó também é responsável por parte da minha formação culinária e fominha, gulosinha ( e também pelo meu amor aos tecidos, que ela juntava em colchas de retalhos). Quando ela não tinha doce nenhum - e ela sinceramente se recusava a dormir sem comer um docinho, pelo menos uma 'bala doce', como dizia - cortava um bom pedaço de queijo curado e colocava sobre a chapa ainda quente do fogão à lenha (não sou tão velha assim, é que morávamos no interior do centro-oeste, lugar bem caipira), por cima do queijo velhinho, colocava açúcar. Derretiam ambos, se integravam, nos delicíavamos, cúmplices pela molecagem de comer doce antes de deitar. Ela morreu com 94 anos, magrela como sempre foi. Eu não tive a mesma sorte do peso, espero ter da longevidade.


Falo do que me preparavam, para introduzir o assunto comida de infância e para mostrar também que os tempos são outros. Recentemente, comprei uma sanduicheira e as crianças da casa deram um grito de independência. Talvez levarão para a vida adulta as lembranças dos sanduíches que faço e também dos que têm feito e degustado. Eu intuía que o dia em que tivessem esta chapa, os colocaria para que se virassem na hora em que a fome apertasse. Estava certa.

Joana operando o maquinário

Compramos um modelinho básico e barato, mas é muito eficiente

McJoana

Vejo também as mudanças que a vida moderna nos traz. Minha mãe e minha vó eram donas-de-casa, estavam sempre por perto, prontas para colocar comida no prato da criançada. Nos ensinavam a pilotar fogão, mas também assumiam as panelas mais cotidianamente.

Hoje, trabalho fora e presto serviços que trago para casa. Muitas vezes, eles estão querendo ou precisando de rango e eu ocupada, atrapalhada. Sem contar que de manhã, para sairmos todos, é uma operação de guerra. Cézar se encarrega de organizar a preparação do café.

(***Acabo de me lembrar que também tínhamos nossas independências culinárias. Meu primo Paulinho, que morava em casa, fazia uns sandubas muito loucos para o lanche da tarde. Ele fritava extrato de tomate (não tinha catchup) e colocava mortadela recheada com fatias de mussarela neste molho. Com isso, recheava pão francês fresquinho e a gente comia com tubaína gelada. Putz, parafraseando Adélia Prado, quando nasci um anjo deve ter dito: vai ser gordinha na vida!!!!***)

E o meu pelotão, fardado, manda ver

Gosto de mostrar que podem fazer, que podem caminhar com as próprias pernas, tomar iniciativas, serem autônomos. Acho que precisam aprender a se garantir. Logo estarão batendo asas para estudar, para casar, para simplismente morar em Barcelona, como Vinícius diz que fará, ou em São Paulo, como Joana diz que fará. Meus tchucos cada dia mais donos de si.... Pão, presunto, queijo, tomate, óregano e molhos não podem mais faltar. Se o queijo derreter, vazar do pão e ficar crocante, então, o pelotão adora.... e se acha!

Mas não nos enganemos, se mamãe trouxer leitinho e bolachinha na cama, nenês gostam muito.... Agora mesmo, esperava que minha mãe viesse passar o feriado conosco. Eu, marido, netos e até amigos já fazíamos planos cheios de segunda intenção: aquele franguinho, aquela carninha de porco, aquele bolinho frito de polvilho (que mamis aprendeu com vó Anna, sua sogra, e eu não! ) com cafezinho da dona Maria.... hummmm!!!!! Saudades!!!

Bom feriado a todos e beijocas com sabor de algo bem gostoso que lembre dias felizes.

domingo, 18 de abril de 2010

Salame de chocolate e uma mexida no quarto

Parece que este blog quer se transformar em blog de comidinhas. Talvez porque tenha me dedicado mais a cozinhar do que a decorar, sina de quem tem filhos, que prepara o jantar e que não tem funcionária nos finais de semana.
Existem algumas gostosuras que parecem muito difíceis, a gente nunca se mete a fazer. Lembra da música: "você sabe o que é caviar, nunca vi, não comi, só ouço falar".... Com salame de chocolate era assim. Até que passou a chamada de um programa de TV local que daria a receita... não assistimos à reportagem, mas o pessoal pediu. Fui pra net, claro, e copiei a receita.
Agora, já vi, já comi e vou te falar: é diliça! Calórico até, fácil até. Faça e coma até.
Claro que usei os ingredientes que tinha, que adaptei às condições locais de despensa

Foto: www.temperandoavida.com.br

Ingredientes
400gr de bolacha de maisena
1 xc e meia de margarina derretida (derreti no banho-maria)
2 xc de achocolatado (só tinha Toddy, mas acho que Nescau seria melhor, ou Nestlé)
1 cx leite condensado
A receita pede ainda: 2 colheres de conhaque ou licor, passas e amêndoas. Como já disse, não tinha, não comprei. Acho que as passas seriam dispensáveis, a bebida daria um gosto diferente e as castanhas, que poderiam até ser outras, ficaria maravilhoso.... da próxima, quem sabe! O problema é que crescem os valores calóricos tb.

Modo de preparar
Quebre metade dos biscoitos em tamanho menor e a outra metade, bem grosseiramente. Acrescente o leite condensado, a margarina derretida e o achocolatado. Misture bem. Fica uma farofona grossa e melada.
Abra um filme plástico ou saquinho plástico na mesa e coloque um terço da mistura. Comprima com as mãos, formando um retângulo. Vá enrolando, formatando um cilindro (salame) e apertando. Neste processo, ocorre a incorporação completa dos ingredientes; você perceberá que até o achocolatado parece mais integrado. Repita com o restante, formando 3 salames.
Enrole o salame no plástico, amarre as pontas e leve para o congelador por duas horas.
A receita também mandava fazer uma calda com meia xícara de achocolado e 4 colheres de margarina derretida, misturadas sem levar ao fogo. Esta calda pode ser espalhada sobre o salame com um pincel, depois das 2 horas de freezer. Após, volte à geladeira para secar. Também não fiz, para poupar calorias. Não bebo refrigerante, mas sou daquelas que concordam que é possível, sim, comer um bigmac com coca diet. Acho que possibilita comer uma torta de banana ou sundae.... se fosse coca normal, o peso na consciência e na balança dobraria.... rsrsrsrsrs.
Após as duas horas de congelador, tirei uns cinco minutos antes de fatiar e o povo se matar de comer.... e repetir: "nossa, fica igualzinho salame de verdade!!" Respondi: "tá, pega o limão e o azeite". "Ah! mãe!". "Menino, não fala de boca cheia!". Hihihihihi

Depois das delícias, fui perder um pouco das calorias neste verdadeiro muro da vergonha...

Já postei a bagunça do craftfavelinha.....
Dei uma microorganizada. Troquei a máquina de costura de lugar, separei alguns materiais, pendurei algumas coisinhas embaixo da prateleira. (continua não costurando nada e neste começo de ano as finanças estão tão em crise que nem deu para arrumar. Na verdade, quero comprar outra!) As caixas embaixo da 'viola' do maridão estão cheias de tecidos (parece que ele elegeu o canto para o hobbie dele também!!! Ele até risca bem as cordas e fica cantando musiquinha romântica pra mim enquanto cozinho e canta rocks dos 80-90 com a filhota. Acho um luxo!).
Pois é, quero encampar as caixas, assim como o cilindro que uso para guardar papéis, cartolinas e EVA dos trabalhos escolares da moçada. Mas fica pra próxima, porque tenho serviço a fazer... textos, textos e textos para completar a revista.
Um beijão e não esqueça de experimentar o salaminho.
Ah! Fiz uma matéria sobre dislexia. Se tiverem interesse sobre o assunto, posto depois... Nos desdobramentos, acabei pesquisando sobre uma teoria, sobre "crianças índigo", já ouviram falar... Traça o perfil das crianças super, hiper, mega, ultra que estão nascendo, pequenos que não estamos conseguindo entender, nem controlar....se houver interesse, falo depois também.
Beijos

domingo, 11 de abril de 2010

Meu quarto e sopa de mandioca para o outono

Na verdade, não é uma sopa no sentido pleno. É um ensopado, que pode ser degustado com arroz branco e salada. Mas o friozinho de dias atrás nos pôs a comê-lo assim, purinho, como uma verdadeira sopa. De mandioca (macaxeira nas terras do norte-nordeste ou aipim, no sudeste) e carne.
A mandioca é considerado um alimento brasileiro em sua excelência. No seu livro "Mani-oca" sobre esta raiz, a jornalista Iracema Sampaio* conta um pouco desta história. Iracema, baiana de nome indígena, mostra que importância a mandioca tem na dieta brasileira, deste a taba até as mesas requintadas dos gourmets, um alimento que possibilita o prato cheio em muitas das regiões mais pobres do país, com a onipresente farinha de mandioca. E dá dezenas de receitas em versões doces e salgadas. Pães de queijo, tapioca, sequilhos, brevidades, ensopados, fritinhas, bolos e uma infinidade de preparos para polvilhos, pubas e farinhas.
Eu, sou uma papa-mandioca das boas. Como toda boa sul-matogrossense que se preze, a mandioca é presente na minha mesa em vários preparos. Por exemplo, aqui no MS, churrasco é saboreado com mandioca cozida em água e um tiquinho de sal, guarnecidos com molho à vinagrete. Melhor do que churrasco com pão, garanto!!! Quem já provou bolo de mandioca ou quibebe de mandioca sabe do que falo.
Ok. Bolo eu não sei fazer, mas quibebe, que é o tal ensopado, mando muito bem. Tanto que não tenho receita certinha.... faço sem riscos, mas é mais ou menos assim.

Ingrediente
1 kg de músculo, ou carne assada que sobrou do churrasco (fica mais gostoso), ou ainda carne de sol
1,5kg de mandioca descascada e cortada em cubinhos (sem o fio do meio)
alho, cebola, limão, sal, caldo de carne em cubos, cheiro verde
água
3 colheres de óleo
meio pimentão verde

Preparando
Use panela de pressão. Se for carne assada dê uma leve fritada com alho, cebola e óleo. Se for as outras carnes, tempere com alho, sal e limão, frite bem, aos poucos, para ficar bem douradinha. Acrescente a cebola picadinha, água quente e caldo de carne, corrija o sal. Cozinhe - seja qual carne for - até ficar macia. Junte a mandioca e o pimentão (se houver rejeição a este ingrediente, como aqui em casa, coloque o pedaço inteiro para retirar depois) e acrescente mais água quente, até cobrir tudo uns três dedos acima. Cozinhe até a mandioca ficar bem molinha. Destampe a panela e se estiver muito seco, acrescente mais água, para sobrar caldo. Retiro o pimentão para o meu prato que também recebe boas conchas do ensopado e salpico com 'muuuuuito' cheiro verde picadinho. Esquenta a alma e sustenta muito bem, neste outono que começa a dar suas caras, com quedinhas de temperatura.

E como o assunto é esquentar, me conta como tornar quente um quarto tão maluco como este que inventei na minha reforma. Olha a altura do pé direito! Cismei de fazer o forro com vigas aparentes, seguindo a inclinação do telhado. Ficou bonito, amplo e arejado. No verão, funciona muito bem. Mas no inverno, meu bem, teremos que tomar muito quibebe - chá, chocolate quente e afins - antes de cair no leito.



*Iracema Sampaio é um exemplo de vida, baiana de Riachão do Jacuípe (é a terra da Margaretsss, pergunto, porque tô sem interrogação no teclado). Cadeirante, dedica-se à pesquisa das tradições culinárias do país e de Mato Grosso do Sul, que é tema de outro livro, ministra palestras e cursos de culinária como alternativa de renda e de melhoria da alimentação para populações pobres. Combativa, era a companheira do ambientalista Francisco Anselmo de Barros, que morreu em 2005, com 65 anos, ao atear fogo no próprio corpo, como protesto pela instalação de usinas de álcool no Pantanal Sul-Matogrossense. Como todo mundo que cozinha no dia-a-dia, ela conta que o maior desafio dos livros foi transformar um punhado em gramas, um tanto em xícara.. rsrsrs porque sempre fez tudo a olho.

Post-post: Margaret informa: Riachão do Jacuípe não é a terra dela. A dela é Barra do Jacuípe... Oh terra pra ter Jacuípes.... rsrsrsrs bj

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Uau!!!!!!!

Estou sem fôlego com esta casa na Nova Zelândia. É só o que consigo dizer. Uau!!!! Tirada daqui.