sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Tempo de fruir



Primavera é tempo de florir. Em nossa casa, tem sido tempo de fruir daquilo que estamos aprendendo a cultivar. As acácias com pencas amarelas dão boas vindas, colorem o dia e mostram que minha pressa tem que ir mais devagar. Tive muita urgência, para tudo. Até o dia em que a síndrome do pânico me colheu, no meio de uma avenida. Puxei o freio de mão e até resolvi plantar árvores - eu não investiria jamais nisso, árvore demora demais - e resolvi ler a Bíblia....
Hoje, colho as flores e palavras maravilhosas: "há tempo para tudo embaixo do sol; tempo para colher e para plantar; tempo para nascer e para morrer " ou "Paulo plantou, Apolo cuidou, mas quem deu o crescimento foi Deus".
Também tem flores pela casa, mas cadê a foto??? Posto depois. Beijos e flores para fruirmos juntos.... eu, vocês, os vizinhos, quem passa na rua...

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Selos




Rascunhei estes dois selos. Vou encaminhar já, já... Quem se habilitar a receber é só dizer oi.

Minha cozinha amada 2



A velha cozinha



Já contei que minha cozinha era vizinha geminada do banheiro, estreita, escura, velha, sem estética, desengonçada e sem graça. Era terrorosa, mas suportamos por alguns duros - muito duros - anos. Tá certo! Admito! Foi bom enquanto durou.... amassei uns pães e um macarrão ali, confeitei bolos de aniversário, enrolei brigadeiro, fiz pipoca, panqueca de chocolate, cachorro quente e a comidinha do dia-a-dia. mas nem saudades sobraram daquele espaço.






A nova personalidade



A nova está ficando bem próxima dos sonhos. Claríssima, ventilada, clean, tem mais personalidade e tudo sendo renovado: armários a princípio, mas vou passar pelos aparelhos e utensílios também, se Deus quiser.






Saídas baratas e estilosas



1. Esta parte não existia. A parede do armário foi construída sobre o muro (economia), construímos a parede de tijolinhos inteira, que também serviu para o quarto, e a parede dos fundos. A parede antiga entre a cozinha e o quintal (a parede branca da foto), caiu. Para escorar, viga de madeira, que ainda será revestida com mais madeira. O Vinícius está "em cima" da pia que viria. Na outra foto, o mesmo ângulo, da janela do quintal para a entrada da cozinha.



2. A janela, comprei de segunda mão e vou pintar de branco, alumínio ou grafite (opiniões são bem vindas). As portas, com postigos, facilitam a segurança. Pesquisei modelos mais em conta, de qualidade boa. Optei por vidros transparentes para trazer o lado externo e o verde que terei para dentro de casa.



3. O piso, embora de primeira linha, era bem barato e a paginação enviesada com junta bem estreita (nº 1, se não me engano) e com rejunte na cor mais próxima (caramelo) deu um ar sofisticado. Causou impressão e o vendedor de materiais de construção indica assim para os clientes. Criamos paradigmas....



4. Outro impacto é o forro com estrutura aparente e inclinado na altura do pé direito de uns sete metros. Ficou alto assim porque puxamos a parede a partir do eitão da casa antiga. Pé direito alto é tudo de bom, amo demais. Na parede de tijolo da entrada da cozinha, instalamos uma janela fixa de vidro temperado. Trás as árvores para dentro, a lua e muito sooool. Acabou ganhando uma persiana cor alumínio para barrar a incidência de sol nos armários, das 14h às 17h.



5. Entre as telhas e o forro, colocamos uma manta impermeabilizante, para proteger das possíveis goteiras. Mas, xô, goteira. Não vai ter mesmo....



Minha cozinha amada





























Bem, bem, bem. Já que falei tanto dos tijolos, eis a minha cozinha em "desculpe o transtorno, estamos em obras". Quero mais armários, uma ilha para o fogão com um coifa (oh trem caro!!!) e puxar a mesa para trás e sobre ela uma luminária igual a do teto, trocar o gabinete da pia (está desmontando), fazer mais um balcão, colocar spots na parede para iluminar os tijolinhos cenicamente e mais obras de arte by filhos. Vão aí vários ângulos... Os personagens são Carlinhos e Lúcia, meus auxiliares. Eu amo, projeto meu, inspiração de Deus, execução do Carlinhos e do César...

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Tijolo a vista


No Paint, rabisquei estas plantas:

Tudo muito amador. Muito suor e vontade de acertar.....




Quintal dos fundos, com reforma em andamento. Um galinheiro improvisado.





Tijolo a vista pra mim é um ícone, uma paixão, uma expressão de coisa perene - como móveis antigos. Se eu puder, ainda terei uma casa inteirinha, ainda mais agora que a arquitetura tem aliado traços contemporâneos com toques rústicos. Acho lindo, despojado e chique.
Este tipo de material é mais caros, mas demandam menos acabamento, são estrutural, portanto também diminui custo. Na balança, decidi por fazer uma parede
Para assentar, também são necessários cuidados, como um prumo perfeito e as ranhuras para tirar o excesso de massa. No nosso caso, usou-se uma tabuinha com um prego grande no meio. Após cada fiada assentada, a limpeza era realizada, dando o relevo que vai destacar a peça. Optamos por acrescentar terra vermelha na massa para que a cor ficasse mais homogênea, mas também fica bonito com a cor do concreto ou ainda com uma massa rala de cimento e cal, para dar este ar descascado.







Na foto acima, o famigerado Carlinhos no andaime, assenta os tijolinhos, com a assistência do Cézar, o pai das crianças.


Cozinhas que me inspiraram
Calma, gente. Já falei que inspiração é inspiração e condição é outra coisa. O quanto mais perto eu chegar, melhor. Mas se não chegar muito, pelo menos minha paredinha está lá. De um lado cozinha, do outro quarto e os tijolos sorrindo pra mim.
Os projetos abaixo e outra dezena semelhante serviram de base: somei tudo que tinha de bom com o que eu queria. Subtrai o que não dava e o resultado pra mim foi maravilhoso. Graças a Deus por tudo.






















Conhecendo a casa 2


Postei esta foto, para dar um panorama dos fundos antigo da casa. É de onde estão o João e a Simone pra trás que a ampliação ocorreu.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Conhecendo a casa 1


Esta é a entrada da casa atual, em transformação de dentro pra fora. Como devem ser as transformações com nós mesmos. Começa no interior e reflete para o exterior. Nada como um dia atrás do outro, nada como um tijolo sobre outro....
Gosto desta entrada compriiiiiida e das árvores - elas impedem que o ninho cresça para este lado, mas proporciona que as crianças cresçam no verde. As amo. À esquerda, um pé de manga e à direita, um abacateiro. No meio, um ninõ, descalço, correndo como sempre. O gramado, pós seca sem fim do inverno, está baleado, mas se recupera, agora que as comportas do céu começam a ser abertas.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Aninha quer O ninho

Aninha quer O ninho.... Ele está sendo reconstruído, há um ano, graças aos cigarros e cafés do Carlinhos. Foi um pedreiro tipo amor a primeira vista, falávamos a mesma linguagem: tudo que eu queria, meus delírios mais delirantes e ele dizia "fica ótimo", "já fiz algo assim", "dá certo". Sem contar que cobrava menos que o outro pedreiro que dizia "não dá certo", "fica feio", "desvaloriza sua casa na hora de vender". Pedreiros são homens, então tá explicado... Me 'apaixonei' por aquele que jurava que ia realizar meus sonhos...e eu lá quero vender minha casa, tô mexendo no cafofo é pra ficar dentro dele. Fiquei com o Carlinhos, que me entendia, é um caiçara perdido no Mato Grosso do Sul e podia fazer minha casa com cara de praia, bem no Centro-Oeste, esta terra quente, arenosa, porém sem mar.
Tudo rolava a mil, os tijolos a vista subindo, o forro inclinado de madeira com estrutura aparente tomando forma, paredes caindo, outras sendo erguidas. Até que eu terminei de pagar o combinado e ele não havia terminado a obra. Relacionamento estremecido, começaram as traições. Doze meses depois, muitos quilos de pó de café depois e inúmeras renegociações, muitas sentadas para 'discutir a relação', ele já fez um monte de coisas, mas ainda falta outro monte.
O ritmo, mais lento que do Donatello, o jabuti que passou a habitar na casa inconclusa, neste meio tempo. Não estou exagerando. Ontem (20 de out) ele assentou mais ou menos uns 4 (quatro, isso mesmo, four) azulejos no banheiro e colocou um puxador na porta. Senhor, chama o Donatello pra ajudar! Eu quero minha casa nova!
Então, já viu, este blog, no qual pretendo contar a saga da reforma da casa vai ser atualizado a cada cinco ou seis meses - brincadeira, tem um livro de histórias passadas pra contar.
Bem, ainda não mandei o Carlinhos ir catar coquinho, abrir asfalto com picareta de borracha ou tomar café na casa da vizinha porque faltam pedreiros na minha cidade. Tem uma obra imensa aqui, com mais de 10 mil homens trabalhando (yes!) e falta mão-de-obra. Então, é como homem - mais uma vez a comparação - na falta de tu, vai tu mesmo e claro, ficamos entre as insatisfações e as pequenas alegrias. E vamos tocando, sonhando com tudo de lindo que ainda teremos... Pedreiro e propriotário também é um relacionamento, conclui!