sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Vamos bater lata: é carnaval!!!!!

Na minha vida não tem folia de Carnaval e bater, bater lata não é bem o termo. Porém, porque não aproveitar - se você for das minhas, destas que ficam longe dos baticubuns e ziriguiduns - para fazer latinhas vazias virarem coisas fofas e úteis?

Vestidas, revestidas e pintadas para matar










Como vieram ao mundo

Compostas apenas com a linha de tampas utilitárias criadas por Jack Bresnahan


No exterior da casa, para o jardim

Daquelas de biscoitos, fixadas na parede




De molho de tomate

Com roupinha de crochê


E até mesmo no batuque dos projetos sociais, destinação mais nobre ainda do que a reutilização para decorar



Mas fala. Quem dispensaria uma fofura destas????



Deus, como distribuístes criatividade nesta terra!!!
Bom feriadão pra todos

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Quem tem medo de bagunça? E de mudanças?

De bagunça, parece que não sou eu quem tem medo



Dá um look neste cantinho do meu quarto onde ficam 'acumulados' os materiais dos artesanatos, a máquina de costura e tudo o mais que vocês imaginarem.

Prometo, sonho, projeto, quero e preciso dar uma ordenada nas coisas.... e, quem sabe, fazer um daqueles craftroom maravilhosos que vemos pelos blogs da vida... um craftspace, já que não será especificamente um cômodo....

Aqui em casa, este espaço atende, hoje, pelo singelo nome de favelinha, craftffavelinha, com os devidos respeitos às nossas favelas.


E o seu espaço de artes, como está? Conte-me tudo e não esconda a bagunça debaixo do tapete não....

Mas de mudança.... quanta diferença!




Aqui meu ninho de amor, preguiça. Também gostaria de mudar, mas ainda estou pensando, pensando, pensando.................

Tenho vontade de pintar os criados e a cabeceira da cama, mas medo, muito medo.

Tenho vontade de jogar cor na parede, mas medo, muito mais medo.

Pensando nisso, resolvi dar uma de Raphaela Fajardo ,do blog Casa Montada, depois da gripe (digo, bem fraquinha!)



Meu quarto montado só com luminárias, que preciso urgente na cabeceira


Ou com outra tábua de demolição decoupada (Acima da cama, minha primeira tábua), abajur de tecido florido (tenho que comprar) e almofadas (tenho que fazer).

E aí, gostou de qual?? Será que emplaca?? Eu gostei deste último.
Arte de colega
Esta tábua velha, decoupada, foi feita pela colega blogueira Ana Lúcia, do blog Artes da Coruja.

Não ficou linda demais???? Isso aí, gente, vamos catar madeira no quintal e na rua e dar aquela cara de arte.... eu amo.

Beijos, beijos, beijos

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Decoupage em família

Oi, amigas.... Como falei no post abaixo, passamos uma tarde fazendo arte em família. Trouxe alguns guardanapos, de São Paulo, e estamos brincando com eles
Vamos ao resultado:


Tábua de demolição encontrada na rua, muito, muito surrada, com pátina palha e flores rosa. No guardanapo está escrito que é amarilis, então é.... (pós-post: ri,ri, ri, não era amirilis não, era magnólia. É magnólia, digo. Tudo igual, tudo nome de mulher!)


Tábua de demolição encontrada na rua com pátina preta e copos de leite brancos

Tábua de carne by R$ 1,50 com decoupage galinácea, pátina branca e vermelho queimado e viés (este viés sujou de refrigerante, lavei, ele abriu o vinco e usei assim mesmo, aberto e meio desfiado, num clima country). Com ganchinhos para pendurar pano de prato, vou dar para a mamis, que mora no sítio.

O Téo fez uma tábua de demolição com os mesmo motivos, mais um tecidinho xadrez, só que deu de presente para nossa funcionária (que merece muito mais, mais muito mesmo!) antes de fotografarmos, ficou lindíssima.


Nosso paredão das artes.... na cozinha-ateliê. O marido até ri: "esta parede é engraçada", disse. Não entendi o porquê, mas então tá! Não estou em fase de questionamentos e 'batimentos' de boca.

Arte francesa. Essa eu 'aprendi' com o moço da loja de guardanapos, na rua Augusta. Ele de má vontade para me atender e com super-boa-vontade atendendo outras clientes, acho que gente que faz curso lá, gasta mais, ele conhece mais, sei lá.

Mas usei minhas táticas 'mineiras' de comer o angu pelas bordas... ou de jornalista que encurrala o entrevistado: perguntei o que era a tal arte francesa, como fazia. Buscou uma bandeja para mostrar.... Achou que eu ia me contentar.

_ "AH! é a mesma figura colada várias vezes?", perguntei.

_"Isso", respondeu simplesmente. Escolhi a figura, pedi cinco (R$ 1 cada, caro pra caramba).

_"Vou colando sobreposta, recortando o que interessa, dando um relevo, né?", vou analisando, olhando, olhando.

_"É, destaca o que quiser".

_ "Ah, tá, mas fica altinho uma figura longe da outra, né?." Ele pega as ilustrações escolhidas, os guardanapos escolhidos.

_ "É que cola com silicone ou fita banana, senão fica chapado". Atende outra pessoa, faz outra coisa qualquer...sai de perto

_"Que legal..... e fica meio soltinho, assim meio encurvado, né, como se as partes recortadas tivessem forma diferente?", pergunto quando volta

_"É, tem uma pecinha, chamada boleador que você usa para encurvar. Quer mais alguma coisa?"

_"Não obrigada. Depois volto para ver o material de patchwork. Ah! Tem terminal para bijuteira bem grande?"

_ "Vou ficar devendo. Só tem bem pequeno."


OK, moço-sem-vontade, tava com medo de dar aula de patch ou de biju, é??? Mas obrigada, assim mesmo, heim!!!!.... Podia explicar tudo de uma vez, poupar meu jornalismo..... mas valeu!

Bem, não usei a pecinha, mas uma colherzinha redonda para dar a forma, colamos com um pingo muito grosso de cola quente e usamos um vasinho de argila pintado e enfeitado com viés. Como não tinha uma caixa de madeira, colamos dentro de uma tampa de caixa de papelão. Ficou profissional....e não usei cinco figuras, pois três foram suficientes para ficar muito bonito. É assim, moço, a gente aqui faz com o que tem.... e seus conhecimentos serão sempre bem lembrados, tá?


Aqui, obras da Joana e do Téo. Toquinhos que pedimos na marcenaria pintados e decoupados por eles, com guardanapo, adesivos dos cadernos novos da Capricho e do Timão e até carimbo de letra.


Esta caixinha já existia, só demos uma repaginada com tinta lilás, flor de guardanapo e verniz



Latinha de leite em pó Itambé (mais bonita que Ninho) ganhou um retalhinho.


Comprinhas da 25 de Março



Estas cestas custaram R$ 10 (aqui custa R$ 25) e as topiarias de plástico em três tons e texturas custaram entre R$ 2 e R$ 5. Nem sei se ficarão aqui, acho que irão para vasos. Está sobre a mesa de refeições e todos acharam lindos.




Arranjos para os criados-mudos. Cachepô de espelhos R$ 3 e ramo de helicônia R$ 3 cada. Ainda não montei certinho. Só pra foto.

Depois mostro mais coisitas..... por hoje é só. A gripe não passou, mas até segunda estarei super-curada, tenho fé.

Beijos e ótimo final de semana para todos.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Ratos: mortes cruéis ou com design. E ratatouille, simplicidade chique



Minha amiga Talma postou sobre amor, ódio e assassinato envolvendo ratos e eu, como compartilho da ideia de que eles despertam múltiplas emoções, resolvi postar também, inclusive porque o assunto é ordem do dia aqui na Casa da Ana.

Cresci abanada pelas orelhas de Mickey Mouse. Fui alfabetizada por ele e Minie (Minei, dizia a Joana quando pequenininha). Quase me sentia da família. Ainda hoje seria difícil imaginá-lo assim, nosso super herói é imortal.



Já crescida, vai dizer que, como eu, não se apaixonou por Remy, seu refinamento e seu talento no preparo do ratatoiulle? Amo este trocadilho que a língua portuguesa permitiu e que, para as crianças, tinha certamente uma coisa a ver com outra.....



Todo mundo queria hamster aqui em casa. O Remy tornou-se um herói, um amor. Pediram que queriam comer ratatouile, que amo.

Fui eu refogar berinjelas picadas, alho, pimentões, cebolas, tomates, abobrinhas, e manjericão em bom azeite. (No filme eles preparam no forno, mas pode ser numa frigideira, me contaram, assim fiz). Montei um prato de chef.


Olha, esta foto não é minha, não...

E a decepção. As crianças odiaram, claro! Olharam para aquilo quase enojadas. Mais nojo de ratatouille que de rato. Como o filme podia endeuzar um trem tão ruim.... reclamações, críticas, ponderações e tive que comer tudo sozinha (que pena, hehehehehe!). Mas queijos com uva, eles aprenderam a gostar com Remy.

Como gostam de Emily e Alexander, os camundongos aventureiros que os levam a conhecer o mundo, enquanto enfrentam as falcatruas de Sem-Rabo-Não-Vale-Nada.
Na minha vida infantil real, nós tínhamos a presença dos roedores pelos arredores, mas ninguém pegava qualquer doença, ninguém dizia que seria possível morrer por isso. Por vezes, um ou outro guri era pego brincando com um pequeno exemplar. As pestes causadas pelos ratos já tinha assolado o mundo e a gente não tinha conhecimento, fazer o quê?

Convivíamos com eles, até que as ninhadas aumentavam e a gente caçava os ninhos, para ver os coitados dos filhos de ratos que nascem pelados (eu também nasci pelada e ninguém nunca me chamou de coitada, pobre de mim!!!). Por isso, eu nunca entendi esta expressão. "fulano é um coitado, é? coitado é filho de rato que nasce pelado!". Vai saber o que passa na cabeça de quem inventa frases de efeito que se proliferam e tomam o mundo! Mas acho que nos chamava a atenção este ar desprotegido, como se até as entrenhas pudessem ser vistas e isso nos atraía, na curiosidade infantil.


Mas, quando a gente tava caçando filhotes quase transparentes, de pelezinha rosada, uma coisinha linda de tão feia e asquerosa, mãe tomava providência. Ratoeira e veneno nos cantos escondidos para pegar os ratos canalhas.

Canalha mesmo, quer ver?! Além de arrumarem estratégias para pegar os naquinhos saborosos de queijo na armadilha...., sem cair, canalhas.


Canalhas, certa vez, um deu de morrer dentro de um pé do único par de tênis que eu tinha. Enfiei o pé sem ver, pisei aquela coisa..... arrepios!!!! arrepios!!!! Que inferno usar aquilo de novo, mesmo depois de lavado, desinfetado.... não tinha outro tênis e aquela sensação de que eu pisava a imundície do mundo.

Não falei que despertam duplas emoções em mim....? porque eu os acho realmente bonitinhos. O focinho, os olhinhos, o rabão, as orelhinhas. Aquela cara de quem precisa de algo. Mas, caramba, eles roubam, fazem titica onde comem e causam doenças, tanto suas fezes, quando sua urina. E se reproduzem numa rapidez assustadora. Eles nos enganam!!!! Se ficar com dó, daqui uns dias eles tomam conta de tudo, creia.

Há algum tempo, depois que deixamos de ter gatos, eles começaram a me visitar. Compramos umas iscas cor-de-rosa, alguns morreram, outros comiam, comiam, comiam e parecia que nem sentiam cócegas. Aliás, um deles apareceu meio tonto.... O Vini meteu um sapato contra ele, acertou em cheio. Uma gotinha de sangue no chão e o corpinho ficou lá, estendido. Num segundo, o guri ostentou aquele ar de dever cumprido e orgulho da sua façanha quase felina. No segundo seguinte, aquele misto: veio a pena, o meu garoto chorou. "E se eu matei um pai de família?". O consolamos, explicando que aquela coisinha fofa podia ser muito perigosa, leptospirose, raiva, pestes....

Insisti com o veneno cor-de-rosa porque o tal mão-branca eu não tenho coragem nem de por as mãos!!!!! Um dia, a cadela conseguiu provar. Quase morri de susto, ela nem tremeu, mas levei pro veterinário, fiz correria e desisti deste método.

De volta das férias, agora, a colônia invadiu minha casa novamente. Os gatos saíram, os ratos fizeram a festa!!! Então, ratoeira neles. Já pegamos uns seis. Também pesquisei métodos menos brutais de fazer a desratização ou será o raticídio?

Veneno caseiro para matar ratos
Receita 1 - Bata no liquidificador uma xícara de feijão - qualquer um - até se transformar em pó com um pouco de pedacinhos. Coloque em tampinhas, em vários pontos. Eu requintei a iguaria, acrescentando queijo parmesão ralado - aquele Teixeira mesmo. Dizem que eles comem o pó e seu organismo não consegue digerir. Então eles incham que nem activia resolve e cataplan, vão pro beleléu. Parace menos brutal? Parece que está dando certo, hoje a funcionária doméstica disse que apareceu um morto, estufado, sem ser de pescoço quebrado...

Receita 2 - Também vi uma receita para misturar cimento comum, fubá e queijo ralado. Pensa as entranhas do pobre... será que é menos brutal mesmo? Também vi na net uma armadilha que é um adesivo, onde eles colam as patas. Agora me conta: eles ficam colados ali e a gente faz o que? olha pra eles e dá um tiro na fuça? Ou pega pra criar? Não entendi o desdobramento da coisa.

Ratoeira tem sido o método mais eficiente. Sem medo, sem dó, mas com drama. Melhor, dramas. Montar o trem sem quebrar o próprio dedo é tarefa para mãos com sintonia fina. A funcionária doméstica fazia esta parte, mas já aprendi a fazer também. O segundo drama é tirar o defunto da ratoeira. Ela não tira nem, nem. Já eu, tiro na boa, sem dó, com aquela mesma cara de esperteza felina do menino. Só que eles ficam ali, paradinhos, sem aquela correria desatada dos ratos, com os olhos abertos, sem sangue escorrendo, aquela cara marota de Remy. Acaba dando uma vontade de fazer uns carinhos!


Talvez, nesta era de tentar novas sensibilidades para com o mundo animal, o negócio seja 'humanizar' e glamourizar o 'passamento' do 'ente querido', falecido de forma trágica por raticídio doloso e qualificado - armadilha armada com intensão expressa de matar, sem direito a defesa da vítima e com requintes de crueldade (um queijinho atrativo, o sonho de uma refeição de filme e, plaft, a morte), mas pompa, honra e circustância (taí, não entendo o circunstância desta expressão também). Como nesta ratoeira de grife, cristã, clean, prática e com design assinado por Sarah Dery.





Não seria um charme de morte, sem contar que ninguém precisaria tirar o pobre defunto da ratoeira....???? E ainda teria um enterro em caixão e tudo.... e menos peso na consciência de nós, os raticidas.