Banho de balde - quem aderiu

Este garoto diz que tem DNA alienígena e que está aqui na terra porque escolheu seus pais para viver junto. ET ou não, o fato é que gostou tanto do banho de balde que anda espalhando a ideia pelas ruas de Sinop (MT) e a mãe, Cintia, parece que terá que instituir a obrigatoriedade do banho de chuveiro, depois da farra.

Em suma, a ideia do banho de balde era essa. Brincar com coisa séria, no bom sentido. Gostar e ver que nem é tão ruim assim, que o menos pode ser tudo de bom. E, de resto, futuramente não sabemos se teremos o luxo de um banho com água caindo livremente sobre nossas cabeças, então fica o treinamento.

Caso queira participar, clique aqui.

Quem aderiu também foi a minha super colega virtual Talma , que já tem práticas bem interessantes de preservação do recurso hídrico na vida doméstica, vá lá conferir as dicas. Ela fez um balanço dos banhos super-ECO-nomicos da família e concluiu que deixam de usar 246 litros por dia, o que equivale a 89.790 litros anuais.

Gente, eu conto caracteres para escrever. Dias atrás, tive que fazer poesia em 400 caracteres. Tipo criatividade engessada, mas tive. Tem quem conte as calorias dos alimentos. Por que não contar os ml de água??? Um dia isso será realidade, nua, crua e seca.

Como a Talma diz e eu repercuto, não vamos salvar o planeta, mas tem um conceito bíblico que é a mordomia fiel, que fala disso. Na tradução para a situação, é saber usar com responsabilidade aquilo que é dado. Ou você acha que paga preço alto para ter água? Pode até ser. Porém, na escassez, pagaria bem mais, com certeza, sem reclamar e talvez até no mercado negro. No mais, água é bem gratuito que Deus nos deu para usarmos com abundância e não desperdício.

Nesta campanha, quem tem ganho são as crianças. A Mariana, filhota da Talma já é velha adepta do banho de bacia.

Na casa da Flávia Mergulhão não teve foto, mas teve a palavra dela.

Eliene Vila Nova, a mais ET das minhas amigas também se banhou com água no balde. Teve que abortar os planos de tomar banho de rio por causa da marvada gripe que assola o país e não tirou foto também, mas a gente confia cegamente nela.

Eu digo que sou meio índio porque, na infância, minha avó colocava uma enorme bacia de alumínio com água para 'quentá', como dizia esquentar, no sol. De tarde, eu mergulhava na minha piscina e amava meu banho morno de energia solar, no quintal da casa, acho que me sentia um feto aconchegado no útero do mundo. Um ser de outra galáxia, ouvindo os anus, rompendo o silêncio do mato, cantando seu canto lânguido, comprido.

Tenho lembranças maravilhosas, hoje, como terão o guri com DNA alienígena e a Mariana, filhota da Talma.
Quer coisa mais feliz do que esta?

Meninas e meninos do meu Brasil, acho que sou parente deste guri. ETezinha da Silva.